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Dia 22 - Pureza

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Tal como a palavra virtude, pureza é uma palavra que no ocidente está associada a movimentos religiosos que defendem a abstinência do prazer. É vista frequentemente com certa jocosidade, até com escárnio, embora seja a base para a maior conquista humana: a virtude. Como?

Imagine uma sala muito bonita, muito bem mobiliada, iluminada por luz natural, paredes de cores suaves, tapetes espessos, os objetos distribuídos com precisão e naturalidade. Alguém entra nessa sala, senta-se pega alguma coisa, coloca-a num lugar diferente, levanta-se deixa almofadas amassadas e fora do lugar. Outra pessoa chega, coloca um disco no aparelho de som e começa a conversar. Em seguida chega uma terceira, uma quarta e uma quinta pessoa. O volume do som aumenta. Começa uma discussão. Era para ser uma festa. Então, subitamente, alguma coisa é quebrada. Algo muito precioso. Com o barulho, a anfitriã, ansiosa e cansada, mas com um sentimento de dignidade, entra. Mas é tarde demais. Sua falta de vigilância causou grande perda.

Essa é a história da pureza. Todos os seres humanos têm um espaço interno preenchido com a virtude, com posses e tesouros. Para alguns, esse espaço pode ser reduzido e para outros, em algum lugar há um espaço esquecido num canto qualquer da alma. Quando a alma começa a viver, esse espaço está intacto, cheio de luz. Mas quando entra a primeira pessoa, quando o santuário é invadido, algo se perde. Pode ser apenas uma parcela da integridade, mas algo se foi. Ela estendeu a mão, talvez num gesto de amizade, mas junto veio toda a influência externa invadindo a autoestima.

Uma pessoa entrou, entrou a segunda, a terceira, a quarta. Uma festa. Cada convidado traz suas ideias e o ruído da discórdia começa. A humanidade está inquieta com turbulentas festas internas. E então se dá o rompimento. É o que acontece com todos nós. Mesmo que o barulho seja muito alto, nem percebemos que o aspecto mais pessoal e valioso do nosso ser é destruído. O pior, também não percebemos quando os nossos talentos, sejam eles quais forem, são massacrados. Nessa hora, temos apenas que parar e meditar, acabar com a festa.

Todo anfitrião sabe que é preciso um esforço supremo para limpar tudo depois da festa. É muito fácil ir se deitar e deixar para depois. O que é preciso? Um convite interior para que a Força Suprema venha restaurar a luz e a ordem – Deus.

A alma verdadeiramente pura passa por você sem deixar marcas, apenas uma sensação de leveza e otimismo. E quando ela parte, você se sente só novamente para apreciar aquela sua qualidade especial que a presença dela suavemente realçou.

Quando Deus entra em sua vida, é como se um raio laser atravessasse o seu ser. A desordem fica terrivelmente visível. No entanto, à medida que a luz vai entrando, a tendência natural é restaurar a beleza e o valor. A meditação é convite à luz. Então, o que diz Deus sobre a pureza? Deus não quer que você fique só, se esconda do mundo, seja como a dona de casa melindrosa que estremece quando um objeto é tocado. Deus aprecia a festa, mas ensina o respeito, o respeito que sente prazer na companhia, na conversa, no riso, mas não permite que uma impressão fique gravada sempre no seu ambiente mental.

Novamente, a fonte é o livro Beleza Interior, o livro das virtudes, da autora Anthea Church, editora Brahma Kumaris e edição eletrônica de 2013. Livro na amazon: http://a.co/fW3VFYA

143 sinônimos para 6 sentidos da palavra pureza:

  1. Limpidez: clareza, limpidez, lucidez, nitidez, transparência.
  2. Sinceridade: autenticidade, candura, exatidão, genuinidade, grandeza, honestidade, honra, originalidade, respeitabilidade, sinceridade.
  3. Castidade: abstinência, castidade, continência, ingenuidade, inocência, virgindade, virtude.
  4. Integridade: decência, dignidade, honradez, integridade, lisura, probidade, retidão.
  5. Perfeição: correção, elegância, fineza, finura, graça, leveza, perfeição, primor, suavidade.
  6. Pureza da língua: casticismo, puridade, purismo, rigor, vernaculidade.

Nós temos a tendência a tratar daquilo que precisamos trabalhar em nós apenas no nível físico, preferimos fazer uma dieta alimentar ou exercícios que mudar nossa mentalidade sobre os alimentos, ou que mudar nossos raciocínios sobre os sentimentos que causam ou aumentam nosso peso, quando o ideal é lidar com isso em todos os níveis. Fazemos o mesmo com a religião, com o sexo, com relacionamentos, enfim, com a vida. E quando esquecemos ou ignoramos os pensamentos e os sentimentos que motivam qualquer situação, é que a Anthea fala de invigilância da anfitriã, nós somos essa anfitriã e os pensamentos e eventos do dia-a-dia, os convidados e as iterações em nossa mente.

A proposta de hoje, e fazer a vigilância dos pensamentos, dos sentimentos, palavras e atos que circulam nosso dia, sem críticas ou julgamentos, apenas observação, e estabelecer este respeito por nossa essência, nossa centelha divina, conforme os pensamentos, sentimentos, palavras e atos vem, e identificar se aquilo é respeitoso com nossa essência (não nossa casca física) e se necessário, com amorosidade e respeito mútuo, reestabelecer a pureza espiritual, não uma pureza de intocabilidade, mas de lucidez espiritual, daquela que compreende da melhor forma possível que estamos todos aqui numa experiência física e se perguntar o que posso aprender nessa experiência e como posso contribuir para os demais que estão na mesma experiência comigo. Ao final do dia reveja os eventos e situações e como antes, perdoe a si e aos demais pelos momentos em que deixou-se contaminar com o barulho de pensamentos exteriores, lembre-se que estamos todos em aprendizado, desculpe-se, se necessário doe amor mentalmente a todos que se conectaram com você hoje e agradeça-os pelas oportunidades trocadas. Quem estiver fazendo a avaliação pela planilha, dê a si uma nota de 1 a 5, sendo 1 “tentei” e 5 “fui muito bem”. Que você tenha um ótimo dia e realize muito bem esse exercício.

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A centelha divina que habita em mim agradece a centelha divina que habita em você.

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