Autoconfiança é conhecer-se muito bem, conhecer instintivamente seus pontos fortes e fracos e ter sempre uma força com a qual contar. Em algum lugar internamente a partir do silêncio, você consegue encontrar algo. As áreas de fraqueza não abalam mais a mente porque estão sendo demolidas; são casas vazias onde os pensamentos não se deram o trabalho de entrar. E, ao esbarrar nessas áreas do ser, a confiança lhe dará poder para afastar-se delas suavemente. Se não há confiança, a pessoa pensa que deve permanecer e demonstrar o que é ruim, celebrando o fraco.
A autoconfiança faz você se mover mais lentamente, falar com mais calma, olhar para a pessoa com quem está se comunicando em vez de aplainar a vida atirando-se precipitadamente sobre tudo. Ela o capacita a permanecer feliz e calmo durante um lapso de ignorância e faz com que todos esperem até que você esteja pronto. Então, na calma, você preenche o momento com força antes que uma palavra seja dita. E quando os nervos persistirem em abalar seu equilíbrio, ela o capacitará a administrar suavidade e silêncio e acalmar a máquina inteira. A autoconfiança corre mais fundo, mais profundamente que os nervos.
A autoconfiança age suavemente, mas também pode desfazer com rapidez a teia de conexões falsas que o faz pensar que está sendo criticado. Na sua forma mais poderosa, torna possível desintegrar um pensamento na mente antes que ele tenha sido percebido pela própria pessoa. E assim, em vez de se manifestar, o pensamento muda de direção rumo à passividade. Confiar é poder.
Qual é o método para adquirir autoconfiança? Um método é falar não com os outros, mas consigo. Nos momentos de insegurança, é acolhedor falar com outra pessoa, mas é mais seguro conversar consigo, porque internamente existe uma reserva de amor que sempre irá lhe compreender se algo ocorrer. A amizade não é tão consistente nem eterna.
Depois de conversar consigo, dar um nicho, um espaço para os nervos, posso tratar o pânico quietamente, isso é o melhor a fazer. A ação, aliada ao amor silencioso, destrói o nervosismo e cria uma reserva de coragem para ser utilizada mais tarde. Quanto mais você amar e fizer, mais profundo será o estoque de coragem e menos vai precisar para preparar-se. E, finalmente, o amor que você não precisou poderá ser dado a alguém. Completo e intocado. E não só amor, mas paz, serenidade, lealdade... Tudo poderá ser dado sem ter sido tocado por você.
A vida talvez exija determinação de sua parte, mas você ainda consegue encontrar uma gota de serenidade para dar a mais alguém. Então, não estará dando apenas baseado em seu humor, mas preenchendo uma necessidade.
Onde a confiança é profunda, há a fundação para a verdadeira doação. “Verdadeira” significa “eu” estou silencioso; não há nervos dissonantes nem pensamentos em voz alta. Tranquilidade. E na tranquilidade, eu consigo ouvir você.
A fonte, é o Livro Beleza Interior – O Livro das Virtudes, autora Anthea Church, editora Brahma Kumaris, versão eletrônica de 2013. Livro na amazon: http://a.co/fW3VFYA
Há 27 sinônimos para 4 sentidos da palavra autoconfiança no dicionário da internet:
- Característica comportamental: assertividade, decisão, clareza, transparência, firmeza, posicionamento, autoestima, objetividade.
- Autoconfiança: segurança, determinação, resolução, força, autoafirmação.
- Autoafirmação: afirmação, independência.
- Confiança: moral, disposição, coragem, denodo, ousadia, vontade, poder, confiança, personalidade, influência, valor, peso.
Você já se arrependeu de alguma coisa que disse ou fez? Já contou algo a alguém e depois esse alguém lhe traiu a confiança? E se esse alguém foi você mesmo? Já teve daquelas situações em que disse: “dessa água não beberei”, e depois bebeu? Por que essas coisas nos acontecem? A causa provavelmente deve variar conforme cada um e cada situação, podem ser características nossas que não conhecemos, e despertam no momento dos automatismos, ou uma máscara social que mantemos e que em algum momento cai, etc., mas há pelo menos um método que podemos usar para desenvolver e melhorar nisso, e que o texto da Anthea sugere hoje, que é conversar conosco. Você já conversou com você e perguntou e respondeu honestamente, quais são os seus raciocínios? Seus sentimentos?
O exercício hoje é esse, é buscar uma conversa franca com você mesmo, pode ser meditando, pode ser em voz alta, em frente ao espelho, mas converse com você, e extraia de você a verdade mais profunda, aquela que vai inspirar a confiança em você mesma(o). Entenda, que quanto mais você se conhecer, quanto mais souber como pensa, menos surpreendido pelos seus próprios atos, ou pelas indagações dos outros, você será. Faça diálogos com você mesmo, em frente ao espelho, usando roupas, ou sem, inclusive se sem roupas causar desconforto, questione-se: por que conversar com você mesmo nesta condição provoca desconforto? Será vergonha, ou será ausência de confiança? Se o caso for este, faz algum sentido você ter vergonha, ou desconfiança, de si mesmo?
Esses exercícios não são obrigatórios, óbvio, mas podem apresentar a você uma pessoa muito importante: você mesmo.
Ao final do dia, reveja as situações, os eventos, e veja se você conhecia a pessoa que habita o seu corpo o suficiente para confiar nela. Veja se tudo ocorreu conforme os pensamentos e sentimentos que você confiou, e se houve alguma divergência, busque conhecer-se ainda mais profundamente, entender o que houve de divergente, e perdoe-se, o que houve foi apenas uma falta de conhecimento de si mesmo, e você está se conhecendo através da divergência também. Dê a si uma nota de 1 a 5, sendo 1 “tentei” e 5 “fui muito bem” e anote na planilha na descrição, ou em algum diário, se você quiser. A anotação é útil para você acompanhar a sua evolução.