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Obediência

Obediência traz tranquilidade. Não a tranquilidade sem movimento, mas aquela de tudo movendo-se naturalmente na direção certa. É como a maré que muda conforme a lua. Há todos os tipos de movimentos e inquietações na água, mas independente disso, a maré sempre muda por causa da lua.

Obediência é quando as rebeliões da mente retornam como ondas e se recolhem devido ao poder espiritual que as move. Não se trata de força, mas da criação de um ritmo natural. Do ruído à quietude, do questionamento ao silêncio. Onde há desobediência interior, há perigo. Perigo de o oceano romper as paredes e inundar a meticulosa criação do pensamento; lares e famílias de ideias destruídos. Há o perigo da impulsividade e dos sonhos. Há tanto perigo.

A história da mudança das marés é perfeita. Basta consultar a tabela para saber quando é seguro velejar. Do mesmo modo, pode-se confiar numa mente obediente. Não é um tédio obedecer a si, mas é a pista de decolagem para um voo desafiador. Mantenha-se dentro das regras e você será livre. Você será confiável e belo. É muito raro encontrar alguém com mente obediente.

Os passos para a obediência são como os passos de uma dança. Eles se movem em estágios. O primeiro é praticado sozinho. Atenção constante a um movimento que se repete. Essa é a obediência da mente. O recuo e o avanço rítmicos de pensamentos problemáticos. Você começa a pensar, expande e com uma precisão suave, recolhe o pensamento antes que ele machuque alguém. Recolher não é sinal de que esteja errado. Faz parte da dança.

O segundo estágio é aprender a dançar, a coordenar os passos. Isso começa com aceitar o professor, algo ou alguém com quem aprender. Obedecer é seguir o professor. É praticar sozinho e observar com intensidade e entusiasmo os passos se transformarem em dança.

Esses dois estágios não exigem mais que atenção e dedicação. Mas o último exige coragem. É a obediência às circunstâncias. É quando a dança lenta e íntima do amor torna-se pública. Ter tranquilidade interior, obedecer aos próprios princípios é uma coisa; seguir o professor, harmonizando-se silenciosamente, mas obedecendo às circunstâncias, é outra.

É quando o mundo grita, exige, obriga e ainda assim você mantém o ritmo e a precisão, continua a dançar, mas não no vazio. Você doa para a vida. Em vez de a disciplina interior ser uma fuga, torna-se fonte de prazer. A obediência máxima é quando você aprende os passos, conhece a dança, e não importa o quão antimusical a situação possa ser, por maior que seja o risco de colidir e se machucar, você convida o outro para dançar. E não só convida, como a dança da obediência torna-se a sua religião.

Novamente, a fonte é o livro Beleza Interior, o livro das virtudes, da autora Anthea Church, editora Brahma Kumaris e edição eletrônica de 2013. Livro na amazon: http://a.co/fW3VFYA

Sinônimos de Obediência

No dicionário consultado, 36 sinônimos de obediência para 5 sentidos da palavra obediência:

  1. Ato de obedecer: acato, acatamento, cumprimento, respeito, reverência, observância, observação, conformidade, realização, execução.
  2. Submissão à vontade de alguém: submissão, sujeição, subordinação, vassalagem, tutela, escravidão, dependência, heteronomia.
  3. Característica de quem é obediente: conformação, resignação, aquiescência, fidelidade, disciplina, paciência, docilidade, flexibilidade.
  4. Autoridade: autoridade, domínio, mando, controle, poder.
  5. Homenagem: homenagem, tributo, preito, louvor, glória.

Reflexões sobre a virtude

Você já se identificou no meio de um turbilhão de pensamentos? Ou já fez ou falou coisas e depois se questionou se foi você mesmo quem fez ou falou aquilo? A mente desobediente, segue os desígnios do ego, e como ele tem sempre razão, fara tudo para preservar seus direitos e posses. Mesmo que para isso, cause mais danos que aquilo que ele considerou uma “ameaça”.

Colocar a mente em obediência ao Espirito, ao Eu-Superior, requer pratica, requer dedicação, alguns podem achar entediante, e será que isso não é o ego falando? Raciocinando por você?

A prática de hoje é colocar a mente sob domínio do Eu-Superior, obediente. Para fazer isso, há algumas práticas, meditação, o Raja Yoga da Brahma Kumaris é uma delas, o foco no agora, através da auto-observação física e emocional é outra, e há também a proposta da Psicoterapia Reencarnacionista através do Raciocínio e Contra-Raciocínio. Hoje vou explicar um pouco mais uma forma de como fazer isso no dia-a-dia: Para cada ato que você intencionar realizar, pergunte-se antes: “Eu tenho razão para fazer isso?” Se a resposta for sim, há um grande indício que é um ato regido pelo ego. E a segunda pergunta: “O que o Eu-Superior busca aprender com essa experiência?” e a complementar “Como aprender isso, e contribuir para quem está neste aprendizado junto comigo?”. Anote essas perguntas e busque no dia de hoje, sempre que pensamentos lhe vierem, fazer essas perguntas, e outras mais específicas para a situação que estiver passando, tire o controle da mente do automático, e coloque ela obedientemente a serviço do Eu-Superior, você, sua Essência.

E ao final do dia, reveja os eventos e situações, perdoe a si e aos demais pelos momentos em que deixou a mente agir livremente, afinal estamos todos em aprendizado, em evolução, desculpe-se, se necessário, doe amor mentalmente a todos que se conectaram com você hoje, e agradeça-os pelas oportunidades trocadas. Quem estiver fazendo a avaliação pela planilha, dê a si uma nota de 1 a 5, sendo 1 “tentei” e 5 “fui muito bem”. Que você tenha um ótimo dia e realize muito bem esse exercício.

Categoria: Virtudes diárias Virtudes diárias